Ao utilizar o teatro como ferramenta de transformação social, um projeto como este pode contribuir para a erradicação da violência de gênero e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para as mulheres.
Teatro X Não a Violência
O livro "Quarto de Despejo", será o fio condutor para as nossas vivências teatrais, a partir da leitura e das rodas de conversas, trabalharemos de uma forma lúdica: medos, inseguranças, desafios, auto estima e resgate social, através do método de Augusto Boal, o Teatro do Oprimido.
Teatro do Oprimido (TO)
Contexto Histórico:
O Teatro do Oprimido surgiu no Brasil, no contexto da ditadura militar, como uma forma de resistência e de luta contra a opressão.
Importância:
O Teatro do Oprimido se tornou um método amplamente utilizado em diversas áreas, como educação, saúde, trabalho social e movimentos sociais, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e engajados.
Desdobramentos:
Desde as propostas originais de Boal, muitos outros desdobramentos e aplicações foram feitos, como a "Teatra da Oprimida", que aborda a perspectiva transferninista.
METODOLOGIA DO TEATRO DO OPRIMIDO
1. Conscientização Social:
O Teatro do Oprimido visa despertar a consciência sobre questões sociais e políticas, permitindo que as pessoas vejam as situações opressivas que as afetam e se sintam empoderadas para agir.
2. Empoderamento do Público:
Diferente do teatro tradicional, o público não é apenas um espectador passivo, mas um participante ativo que pode intervir na história, mudando o rumo da cena e o seu próprio entendimento da situação.
3. Luta Contra a Opressão:
Ao colocar o público no centro da história, o Teatro do Oprimido incentiva a reflexão crítica e a identificação de soluções para os problemas sociais, promovendo a resistência e a mudança.
4. Transformação Individual e Coletiva:
O Teatro do Oprimido não apenas educa, mas também promove a transformação individual e coletiva, ao permitir que as pessoas se sintam capazes de mudar a realidade em que vivem.
5. Ferramenta para a Educação:
O Teatro do Oprimido é uma ferramenta valiosa para a educação, pois promove a aprendizagem por meio da experiência, da emoção e da participação ativa, tornando o aprendizado mais significativo e duradouro.
6. Acesso à Arte e à Cultura:
O Teatro do Oprimido democratiza o acesso à arte e à cultura, permitindo que pessoas de diferentes origens e contextos sociais possam participar da criação e do desenvolvimento de peças teatrais que abordam suas próprias experiências.
Objetivos do Projeto:
Empoderamento:
Ajudar as mulheres a reconhecerem seu valor e a superar o trauma da violência, incentivando a autoconfiança e a autoestima.
Conscientização:
Disseminar informações sobre a violência de gênero, seus diferentes tipos e impactos, buscando mudar a cultura de tolerância e normalização da violência.
Espaço de Expressão:
Oferecer um palco para as mulheres contarem suas histórias, expressarem seus sentimentos e transformarem a dor em arte.
Cura e Apoio:
Proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para que as mulheres possam buscar ajuda, compartilhar suas experiências e construir uma rede de apoio.
Benefícios do Projeto:
Empoderamento das Mulheres:
As mulheres ganham voz, visibilidade e confiança para enfrentar a violência e buscar seus direitos.
Conscientização da Sociedade:
A arte pode sensibilizar e promover reflexões sobre a violência de gênero, incentivando a mudança de atitudes e comportamentos.
Rede de Apoio:
A criação de espaços de apoio e orientação pode facilitar o acesso das mulheres aos serviços de assistência social e jurídica.
Fortalecimento da Comunidade:
O teatro pode promover a integração e o diálogo entre as mulheres, criando laços de solidariedade e apoio mútuo.
GILBERTO LIMA
Formado pelo SENAC
Ator, autor, diretor, produtor, roteirista, preparador de elenco e professor de teatro, está na área artística a 45 anos. Atuou, dirigiu e produziu vários espetáculos, dentre eles: Morte Vida Severina, O Auto da Compadecida e Quincas Borba. Coleciona vários prêmios: Melhor ator, diretor, produtor, figurinista e maquiador. Ganhou prêmio em Brasília (2012), com o Projeto de Teatro com as Agentes Comunitárias de Saúde de Mauá, São Paulo. Julgador do Mapa Cultural Paulista e do Carnaval. Entre seus vários cursos técnicos de teatro, teve a honra de estudar com Augusto Boal em 2000. Recebeu Moção de Aplausos em 2009 pelos trabalhos realizados no teatro e em trabalhos sociais com crianças carentes.
"ATORES SOMOS TODOS NÓS, E CIDADÃO NÃO É AQUELE QUE VIVE EM SOCIEDADE: É AQUELE QUE A TRANSFORMA."